Em comunicado, a companhia disse ser esse o primeiro passo na jornada de descarbonização; objetivo é fazer a transição para o biometano
Por Redação
Mercosul Line adquire cinco caminhões movidos a Gás Natural Veicular (Foto: Divulgação)
A Mercosul Line, transportadora brasileira do Grupo CMA CGM, incorporou cinco caminhões movidos a Gás Natural Veicular (GNV) à frota de veículos. Segundo a companhia, iniciativa está alinhada ao objetivo do grupo de incorporar combustíveis alternativos na matriz energética para atingir a meta Carbono Zero Líquido até 2050.
De acordo com estudo realizado por um fabricante de veículos pesados, o GNV é derivado do petróleo e tem o potencial de reduzir as emissões de CO2 em até 15% quando comparado a veículos movidos a diesel.
Em comunicado, a Mercosul disse ser esse o primeiro passo na jornada de descarbonização. O objetivo é fazer a transição para o biometano — gás gerado a partir da decomposição de compostos orgânicos. Segundo o Centro Internacional de Energias Renováveis/Biogás (CIBiogas), o uso de biometano pode reduzir as emissões de poluentes em até 90% em comparação ao combustível convencional.
Conforme divulgado pela companhia, foram realizados testes com um caminhão da frota e, após seis meses de operação, o veículo manteve o mesmo nível de atendimento ao cliente e capacidade de carga.
OPERAÇÃO
De acordo com o gerente de Inland Procurement do Grupo CMA CGM, Cristhian Silva, a operação ocorrerá na região Sudeste, a partir do Pporto de Santos, com a possibilidade de incluir o serviço mMultimodal. “Dependendo da rota, o transporte ferroviário pode ser utilizado além do marítimo e rodoviário. Seremos a primeira transportadora do Brasil a utilizar uma frota com essa configuração”, enfatizou.
Para o gerente Intermodal da Mercosul Line, Gustavo Breder, um dos maiores desafios foi fazer a transição da matriz energética do transporte rodoviário sem impactar os clientes.
“”Estamos constantemente avaliando oportunidades para substituir nossa frota a fim de reduzir as emissões de CO2 e, com a ajuda de parceiros, atingimos um marco importante. Hoje, com os novos modelos e a quantidade de cilindros instalados por veículo, podemos alcançar um desempenho semelhante, em termos de quilômetros percorridos, ao de um veículo a diesel. Isso nos permite manter o nível de serviço sem a necessidade de aumentar a frota”, explico o executivo.
Fonte: Mundo Logística