Saldo do setor em Mato Grosso foi de 1,6 mil empregados no 1º trimestre de 2024; deste montante, a ferrovia da Rumo foi responsável por 1.035
Por Redação
Construção da ferrovia estadual de Mato Grosso (Foto: Divulgação)
A construção da ferrovia estadual de Mato Grosso representa cerca de 62% do saldo de geração de empregos no estado no segmento de construção de obras de infraestrutura do primeiro trimestre de 2024. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram gerados 1,6 mil empregos em todo o estado neste segmento no período. Deste montante, cerca de mil são dedicados às obras da ferrovia da Rumo, maior operadora ferroviária do país.
No mês de abril, a concessionária ferroviária foi responsável por 41,4% do saldo de empregos do segmento no estado. Segundo dados oficiais divulgados pela Rumo, em todo Mato Grosso, o saldo de pessoas empregadas foi de 1,4 mil. Destes, as obras da ferrovia estadual têm participação por empregar 612 trabalhadores.
A ferrovia, que se chama Senador Vicente Emílio Vuolo, é uma autorização estadual que foi dada à Rumo em 2021. Ao todo, a construção da ferrovia terá mais de 700 quilômetros de novos trilhos para ligar Rondonópolis até Lucas do Rio Verde, na maior região produtora de soja e milho do país.
Nesta primeira fase, a estimativa de investimento é entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, estão previstos mais de 200 quilômetros, chegando até a região da BR-070 onde será construído o primeiro terminal da nova ferrovia.
Segundo o vice-presidente de regulação da Rumo, Guilherme Penin, para os próximos meses as obras devem atingir um pico de mais de 5 mil empregos diretos. “Nos três primeiros meses do ano, tivemos um período de chuva na região. A partir de maio, a tendência é acelerar as obras com o período de estiagem que vai até outubro. É uma obra que está impulsionando a economia do estado”, destacou.
Para o presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Silvio Rangel, o avanço das obras da ferrovia em Mato Grosso pode trazer diversas consequências para a indústria do estado. Uma delas é a redução dos custos de transporte, o que tornará os produtos locais mais competitivos no mercado nacional e internacional. Além disso, a infraestrutura ferroviária pode atrair investimentos para a região, impulsionando ainda mais a geração de empregos.
“O aumento do emprego não apenas melhora as condições de vida da população local, mas também estimula o consumo interno, impulsionando diversos setores da economia, como o varejo, a construção civil e os serviços. Esse aumento do consumo, por sua vez, pode levar a um aumento na arrecadação de impostos, beneficiando tanto o governo estadual quanto os municípios, que podem investir em infraestrutura, saúde, educação e outros serviços públicos essenciais. Essa dinâmica positiva de emprego, consumo e arrecadação pode contribuir significativamente para o crescimento econômico sustentável do estado a longo prazo”, disse Rangel.
A Fiemt estima ainda que, ao longo da construção da ferrovia, sejam gerados mais de 200 mil empregos no estado. Desse total, 114 mil devem ser diretos, 44 mil indiretos e 44 mil induzidos.
Fonte: Mundo Logística