Segundo a companhia, a necessidade de otimização dos processos de pagamentos tem se tornado uma demanda latente no mercado, tanto para empresas quanto para os próprios motoristas
Por Redação
Solução atua como um sistema de pagamento digital (Foto: Getty Images)
Em paralelo ao avanço da legislação, soluções tecnológicas em meios de pagamento têm contribuído para solucionar desafios do mercado, como a complexidade administrativa e os altos custos operacionais das transações de Pagamento Eletrônico de Frete (PEF).
Segundo a Matrixcargo, por meio da solução de pagamentos desenvolvida pela companhia, que atua como um sistema de pagamento digital, a redução de custos administrativos pode chegar até 90% para embarcadores e transportadoras
Em comunicado, a empresa afirmou que isso deve-se tanto pela otimização proporcionada pela plataforma ao automatizar os processos de pagamento por meio da tecnologia, como também pelo fato de que utilização da ferramenta é baseada em uma mensalidade, que a isenta das altas taxas de cash-in comumente cobradas por empresas que realizam as operações de fretes.
“Isso facilita uma integração fluida e automática com os sistemas já utilizados pelas empresas, como os de gerenciamento de transporte (TMS) e outras plataformas logísticas”, ressaltou o CTO e co-fundador da Matrixcargo, Rodrigo Favero.
De acordo com a companhia, a interface com os motoristas que utilizam a solução acontece por um aplicativo para celular exclusivo para esses profissionais. Por meio dele, eles têm acesso a um banco digital, no qual podem receber e solicitar o adiantamento do pagamento pelos serviços, verificar seu saldo, os pagamentos a serem recebidos e realizar transações bancárias com taxas competitivas.
Segundo Rodrigo, a plataforma também oferece seguro contra acidentes. “Ele é oferecido gratuitamente aos motoristas enquanto estiverem executando uma viagem cujo contrato foi gerado pela MatrixPay. Somado à agilidade no recebimento dos pagamentos, isso aumenta a segurança dos motoristas e contribui significativamente para a qualidade de vida e eficiência operacional dos motoristas parceiros”, ressaltou.
A contratação de autônomos é uma tendência na logística do país: segundo pesquisa realizada pelo Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC), em 2023, 70% das contratações realizadas por empresas do setor de transporte de cargas foram de motoristas terceirizados. Neste cenário, dada a importância deste tipo de profissional para o setor logístico, a necessidade de otimização dos processos de pagamentos de fretes tem se tornado uma demanda latente no mercado, tanto para empresas quanto para os próprios motoristas.
Segundo a Matrixcargo, a busca pela regulamentação deste mercado não é recente, tendo como um grande marco para a sua consolidação a extinção, em 2010, da chamada Carta-Frete, que consistia no pagamento de um vale aos caminhoneiros que poderia ser trocado exclusivamente em postos de gasolina por combustível e alimentação, por exemplo, algo que limitava os ganhos dos profissionais e favorecia as altas cobranças por parte dos estabelecimentos. A sua subsequente substituição pelo PEF instituiu uma forma de pagamento mais justa e transparente, tirando os motoristas autônomos da informalidade e permitindo a sua contribuição com o INSS.
Ainda conforme explicação da companhia, fiscalizado pela ANTT, esse sistema de pagamentos consiste em uma obrigação legal para empresas do transporte rodoviário que utilizam motoristas autônomos para realizar fretes. Ainda assim, muitas ainda operam na irregularidade, o que pode acarretar prejuízos para os negócios.
“O não cumprimento pode resultar em penalidades legais, problemas de reputação e dificuldades de relacionamento com motoristas e parceiros comerciais”, explicou Rodrigo Favero.
Segundo o executivo, a complexidade administrativa, os altos custos operacionais associados à gestão de pagamentos e, até mesmo, o desconhecimento da necessidade de estar em conformidade com a legislação são alguns dos principais desafios enfrentados pelas empresas no que tange aos pagamentos de fretes. As multas pelo descumprimento da lei podem chegar a valores expressivos de até R$10 mil.
Para intermediar os pagamentos, as chamadas IPEFs (Instituições de Pagamento Eletrônico de Frete) são as empresas homologadas pela ANTT que atuam oferecendo uma conta-corrente específica para pagamento dos serviços, que mantêm vínculo com um cartão ou algum meio de acesso para os motoristas.
Fonte: Mundo Logística