Segundo Panorama Setorial de Logística da Robert Half, avanços tecnológicos, protagonismo da “última milha” e multiplicação de galpões logísticos levam à alta demanda por profissionais de Logística
Por Redação
Aportes financeiros devem aquecer a demanda por profissionais qualificados (Freepik)
A competição na entrega de vantagens para os clientes – sejam elas de custo ou de agilidade – promove um novo ciclo de investimentos no setor logístico pela iniciativa privada e empresas públicas. Esses recursos estão sendo aplicados principalmente em tecnologia, multimodalidade, equipamentos e processos logísticos.
De acordo com o novo Panorama Setorial de Logística da Robert Half, esses aportes financeiros devem aquecer a demanda por profissionais qualificados com conhecimentos diversificados e específicos, que são escassos no mercado.
“Os setores de logística e supply chain management são alguns dos que têm apresentado maior evolução nos últimos anos. Com isso, surge a necessidade de um novo tipo de profissional, que deve agregar competências cada vez mais diferenciadas”, disse o diretor-geral da Robert Half para a América do Sul, Fernando Mantovani.
”O Panorama de Logística demonstra claramente que as empresas da área precisam enfrentar o desafio de conectar as realidades do mercado às questões ligadas à gestão de talentos. O capital humano é cada vez mais importante para trazer o resultado esperado por essa indústria”, completou.
NA LINHA DE FRENTE DOS RECURSOS HUMANOS
Avanços tecnológicos
De acordo com a Robert Half, o setor da logística é um dos que prometem viver as maiores disrupções tecnológicas nos próximos anos. Da Internet das Coisas à Inteligência Artificial, são muitas as inovações que podem trazer mais produtividade para essa indústria.
Nos últimos anos, já surgiram novas ferramentas de gestão de frotas, rastreamento, roteirização e otimização de viagens. Também estão sendo desenvolvidos veículos autônomos ou de direção remota e drones para entregas, assim como uma nova geração de robôs e equipamentos.
Além disso, as operações de armazenagem estão cada vez mais inteligentes e automatizadas. O blockchain também promete revolucionar os processos documentais e de rastreabilidade das empresas. Como consequência, a familiaridade com tecnologia deve se tornar cada vez mais um pré-requisito para diversas funções.
Protagonismo da “última milha”
De acordo com a companhia, com a popularização do e-commerce, que alterou profundamente os hábitos de consumo, a entrega de “última milha”, que conecta o vendedor ao comprador final, é uma das operações mais críticas da logística.
Aumentaram as expectativas de rastreabilidade e prazo de entrega mais curto, com comunicação proativa frequente sobre o status das cargas. Isso se somou às dificuldades específicas dos grandes centros urbanos do país, como trânsito e restrições de horários de circulação, más condições das vias, risco de roubo de carga, entre outros. Com isso, empresas e operadores logísticos procuram por profissionais especializados para a roteirização dessa última milha.
Multiplicação de galpões logísticos
Nos últimos anos, houve um aumento de 167% na metragem total de área de armazenagem, o que demonstra que as empresas têm feito grandes investimentos em melhorias logísticas no País.
De acordo com a Robert Half, a operação dos galpões logísticos também vem ganhando complexidade, em função da automação e da demanda cada vez maior por eficiência e redução de custos operacionais. Para o mercado de logística, isso significa também uma maior demanda por profissionais como gerentes de armazém, gerentes de operações, business development managers e business development executives.
Oportunidades para projetos
Segundo o panorama, diversas mudanças no contexto das empresas logísticas levaram a um aumento na busca por profissionais para projetos pontuais, principalmente gerentes de projeto, analistas de logística e de indicadores.
Com a necessidade de maior agilidade e constante atualização de procedimentos, muitos profissionais têm sido requisitados para implementação de novos sistemas e processos, assim como para o atendimento de demandas sazonais. Em safras do Agronegócio ou em datas relevantes para o varejo, como Black Friday, Natal, Dia das Mães, etc, são injetados recursos adicionais para a operação e backoffice.
Outras oportunidades giram em torno dos processos de compras, gestão de Capex e negociações para projetos que envolvem a malha ferroviária ou aquaviária, além de demandas pontuais de controle de estoque e inventário, por exemplo, para contagens e auditorias.
Indústrias que lideram as contratações
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Habilidades/competências mais buscadas
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Fonte: Mundo Logística